Os bons pais corrigem falhas, os pais brilhantes ensinam os filhos a pensar. Entre corrigir erros e ensinar a pensar existem mais mistérios do que imagina a nossa vã psicologia.
Não seja um perito em criticar comportamentos inadequados, seja um perito em fazer os seus filhos reflectirem. As velhas reprimendas e os conhecidos sermões definitivamente não funcionam, só desgastam a relação.
Às vezes, insistimos anos a fio dizendo as mesmas coisas, e os jovens continuam a repetir as mesmas falhas. Eles são teimosos e nós, estúpidos. Educar não é repetir palavras, é criar ideias, é encantar. Os mesmos erros merecem novas atitudes.
Os computadores são pobres engenhocas comparados com a inteligência de qualquer criança, mesmo das crianças especiais. Mas insistimos em educar os nossos filhos como se fossem aparelhos lógicos que só precisam de seguir um manual de regras. Cada jovem é um mundo a ser explorado.
As regras são boas para os computadores. Dizer “faz isto” ou “não faças aquilo”, sem explicar as causas, sem estimular a arte de pensar, produz robôs e não jovens que pensam.
Surpreender os filhos é dizer coisas que eles não esperam, reagir de modo diferente aos seus erros, superar as suas expectativas. Por exemplo: o seu filho acabou de levantar a voz para si. O que fazer? Ele espera que você grite e o castigue! Mas, em vez disso, você começa por se calar, relaxa e depois diz algo que o deixa atónito: “Eu não esperava que me ofendesses dessa maneira. Apesar da dor que me causaste, eu amo-te e respeito-te muito.” Depois de dizer estas palavras, o pai sai de cena e deixa o filho pensar. A resposta do pai abalará os alicerces da sua agressividade.
Os bons pais dizem aos filhos: “Tu estás errado.” Os pais brilhantes dizem: “O que achas do teu comportamento?” Os bons pais dizem: “Tu falhaste de novo.” Os pais brilhantes dizem: “Pensa antes de reagir.” Os bons pais punem quando os filhos fracassam; os pais brilhantes incentivam-nos a fazer de cada lágrima uma oportunidade de crescimento.