quarta-feira, 1 de junho de 2011

OS BONS PAIS CONVERSAM, OS PAIS BRILHANTES DIALOGAM COMO AMIGOS

Entre conversar e dialogar há um grande vale. Conversar é falar sobre o mundo que nos cerca, dialogar é falar sobre o mundo que somos. Dialogar é contar experiências, é segredar o que está oculto no coração, é penetrar além da cortina dos comportamentos, é desenvolver a inteligência interpessoal (Gardner, 1995).
Como é possível que pais e filhos vivam debaixo do mesmo tecto e permaneçam completamente isolados? Eles dizem que se amam, mas gastam pouca energia a cultivar o Amor. Eles cuidam da parede estragada, dos problemas do carro, mas não cuidam dos estragos na emoção e dos problemas da relação.
Quando uma simples torneira pinga, os pais tratam de a reparar. Mas será que eles gastam tempo a dialogar com os filhos para os ajudar a reparar a alegria, a segurança ou a sensibilidade que está a desaparecer?
Se pegássemos em todo o dinheiro de uma empresa e o deitássemos ao lixo, estaríamos a cometer um grave crime contra ela. A empresa iria à falência. Será que não temos cometido este crime contra a mais fascinante empresa social - a família - cuja única moeda de troca é o diálogo?
Devemos adquirir o hábito de nos reunirmos pelo menos semanalmente com os nossos filhos, a fim de dialogar com eles. Devemos dar-lhes liberdade para que possam falar de si mesmos, das suas inquietações e das dificuldades de relacionamento com os irmãos e connosco, seus pais.
Se os pais nunca falaram aos filhos sobre os seus sonhos mais importantes e também nunca os ouviram falar das suas maiores alegrias e decepções mais marcantes, eles formarão um grupo de estranhos e não uma família. Aí não há magia para construir uma relação saudável.
O diálogo é insubstituível!

Desenho de Ana Sofia Ferreira (3 anos de idade)

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